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Os melhores locais em Aveiro para ver azulejos e disfrutar da cidade

Categoria: Escapadela Romântica, Família, Histórico

Conheça Aveiro através dos azulejos! Estes pequenos pedaços de cerâmica contam a história da cidade.

Descubra a sua relação com o mar e outras cidades. Vale a pena fazer um tour pela cidade, olhar os azulejos e perceber a influência de várias culturas na cidade e no país! Aventure-se pelas ruas e canais de Aveiro e apaixone-se por aquela que é conhecida como a Veneza de Portugal.


01. A Estação de Comboios

Quer chegue a Aveiro de comboio ou de outro meio de transporte, a Estação de Comboios é uma paragem a não perder. Aprecie um dos mais belos exemplares do azulejo português, datado de 1916. Os autores, Francisco Pereira e Licínio Pinto, utilizaram azulejos da Fábrica da Fonte Nova, de Aveiro, que arrecadou vários prémios de cerâmica ou longo da sua existência. Nestes verdadeiros postais, vemos representadas atividades da vida tradicional da região, incluindo a pesca e a safra do sal, cujas marcas se encontram um pouco por toda a cidade.


02. A Sé de Aveiro

A indústria da olaria terá iniciado em Aveiro no século XVI. Nas imediações da atual Sé, existia o “Bairro dos Oleiros”, ocupado exclusivamente pelas suas famílias. O Bairro foi-se expandindo, alcançando toda a atual Avenida 25 de Abril, que até 1978/79 se designava por “Travessa da Olaria”. No final da avenida, encontrava-se a Igreja de S. Domingos, onde os oleiros faziam as suas cerimónias e orações.

Hoje em dia, a Igreja é também a Sé de Aveiro, e encontra-se classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1996. Não deixe de aproveitar a visita à cidade para entrar nesta Catedral e apreciar os azulejos do séc. XVIII nos espaços livres das paredes. À direita um panorama da cidade de Osma, Espanha, onde nasceu S. Domingos de Gusmão.  À esquerda, a cidade de Bolonha, Itália, com o seu convento Beneditino de Santa Maria do Monte, onde S. Domingos de Gusmão faleceu.


03. Museu de Aveiro/Santa Joana e o Túmulo da Princesa

A poucos passos da Sé, encontramos o Museu de Aveiro, com um fantástico espólio de obras de pintura, escultura, talha, ourivesaria e, claro, azulejo. Este Museu está instalado no antigo Convento de Jesus em 1911, ano após o qual o mosteiro foi fechado e a sua incrível igreja classificada monumento nacional. A Igreja de Jesus constitui um exemplo notável da decoração barroca, com uma sumptuosa talha dourada e azulejos portugueses.

Além de vários painéis de azulejos no interior do Museu, a não perder é o coro baixo, com o túmulo de Santa Joana Princesa, a quem se associa o prestígio do convento. Uma obra-prima da arte barroca, em mármore multicor com elementos escultóricos influenciados pelo gosto italiano, da autoria do arquiteto real João Antunes.

  

04. A Casa de Santa Zita

É impossível passar pela Rua dos Combatentes da Grande Guerra e ficar indiferente à fascinante fachada da atualmente conhecida como Casa de Santa Zita, o Palacete Visconde da Granja.  Um imóvel de influência neoclássica, datado de meados de Oitocentos, cuja fachada foi revestida de azulejos na viragem do século. Painéis da Fábrica da Fonte Nova, assinados por Lucínio Pinto.

A tendência de utilização do azulejo no exterior trata-se de uma importação do Brasil - em Portugal os azulejos eram apenas usados nos interiores. A forte presença dos painéis na arquitetura civil advém do regresso dos emigrantes (os “brasileiros”), que os utilizavam como símbolo de estatuto, poder e ostentação de riqueza. Tornaram a arte economicamente viável e lucrativa, levando à criação das primeiras indústrias de azulejo em Aveiro e no norte de Portugal.


05. A Igreja da Misericórdia de Aveiro

A Igreja da Misericórdia de Aveiro, Imóvel de Interesse Público desde 1974, constitui o segundo edifício cuja fachada foi revestida a azulejos, logo depois da Casa dos Arcos (abaixo). No exterior, a frontaria revestida a azulejos azuis e brancos estampilhados, de 1867, realçam a beleza do portal da Igreja. No interior, as paredes da igreja são revestidas a azulejaria policroma seiscentista, em dois tapetes diferentes, colocados no decurso do terceiro decénio do séc XVII. A capela-mor foi revestida com belíssima e rara azulejaria portuguesa.

 

06. A Rua João Mendonça e os edifícios de Arte Nova

Ao longo da Rua João Mendonça, onde o turismo se tem vindo a intensificar nos últimos anos, podemos ver a manifestação da Arte Nova na cidade de Aveiro, sob a forma de azulejos, que aconteceu sobretudo no início do século XX. Sugerimos que não se fique só pelo exterior; entre nalguns destes edifícios e descubra o que têm para oferecer:


  • Posto de Turismo Municipal: peça informação e algumas dicas de quem conhece a cidade como ninguém, neste ponto de informação turística.
  • Casa dos Ovos-moles “A Barrica”: uma das mais tradicionais casas de fabrico caseiro de ovos-moles, o doce tradicional de Aveiro por excelência. (Dica: se procura a casa mais antiga de Ovos Moles de Aveiro, procure pela Confeitaria Peixinho, logo abaixo da Igreja da Misericórdia. Aberta desde 1856 e recentemente renovada, pode levar consigo ou provar aí mesmo a iguaria.)
  • Casa/Museu de Arte Nova: dê um salto ao pequeno Museu de Arte Nova e observe os coloridos painéis de azulejo, do artista aveirense Licínio Pinto e produzidos pela Fábrica da Fonte Nova. Também no rés-do-chão, encontramos a Casa de Chá, com uma carta muito diversificada, com chás de várias partes do mundo.
  • Edifício da (Antiga) Cooperativa Agrícola/Casa da Arte Nova: edifício de arquitetura civil e Imóvel de Interesse Público, desde 1996. As cores quentes usadas nos seus painéis de azulejo policromático da Fábrica da Fonte Nova chamam a atenção para este exemplar da arquitetura aveirense. O uso do ferro forjado, as linhas suaves, os contornos das molduras são algumas das marcas da Arte Nova que lhe conferem uma luz peculiar. 


07. A Casa dos Arcos

Agora sim, o primeiro edifício revestido a azulejos, em Aveiro, em 1857: o edifício da antiga Capitania do Porto de Aveiro, também denominado “Casa dos Arcos”, localizado sobre a Ria, onde antes existia um moinho de maré. Dois pequenos painéis na fachada mostram atualmente motivos ligados ao mar e revelam a tradição marítima da cidade. Hoje em dia o pitoresco edifício é um edifício público, pertencente à Câmara Municipal, o local onde funciona a Assembleia Municipal.


08. A Ria de Aveiro

A Ria, enquanto canal navegável e ligação para o exterior constituiu um dos fatores-chave de sucesso para a indústria dos azulejos, uma vez que permitiu o seu transporte e a sua exportação para diversos pontos do mundo. Aproveite para fazer um passeio nos típicos barcos “Moliceiro” e aprender um pouco mais sobre a história da cidade, incluindo o seu Bairro da Beira-Mar, para onde a cidade se foi expandindo.


09. Centro Cultural e de Congressos

Ao longo dos tempos, face a uma grande procura, surgiram várias fábricas de cerâmica e azulejo, que foram desaparecendo com o tempo. As indústrias localizavam-se em vários pontos, incluindo o Canal da Fonte Nova, onde atualmente ainda podemos ver as suas marcas. Aprecie um dos elementos mais emblemáticos da cidade, o atual Centro Cultural e de Congressos de Aveiro, antigo edifício da Fábrica Jerónimo Pereira, uma das indústrias mais importantes ao longo da história de Aveiro.


A cidade de Aveiro, conhecida pelos seus canais e pelos barcos moliceiros, associou-se desde muito cedo à cerâmica, devido ao seu rico solo em argila. Aproveite a sua visita a Aveiro para visitar estes locais e observar estes fantásticos exemplos de azulejaria e marcas da tradição azulejar da cidade.




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